Membros do Comitê de Assessoramento Técnico às Talassemias do Ministério da Saúde (MS) estão no Acre desde segunda-feira, 24, para realizar visita técnica e avaliação do atendimento prestado aos pacientes portadores de hemoglobinopatias, doenças ocasionadas por defeitos em componentes do sangue, como a anemia falciforme e talassemias.
Na tarde de terça-feira, 25, as assessoras técnicas se reuniram com gestores das divisões de Saúde da Criança e das Populações Prioritárias da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) e do Laboratório Central do Acre (Lacen), além de médicos do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, para apresentar o diagnóstico situacional da rede de atendimento a esse público.
“Pudemos perceber que a Sesacre está atenta às demandas desses pacientes e disposta a continuar o trabalho de prevenção das doenças, e aprimorar a rede de cuidados e o acesso ao tratamento”, disse Silma Melo, coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados do MS.
Segundo a hematologista Ana Rita Prado, o número de pacientes portadores de hemoglobinopatias no Acre aumentou nos últimos cinco anos. “Passamos de 30 casos para 130, o que requer um cuidado redobrado. Por esse motivo, estamos nos reunindo com as assessoras do MS para verificar o andamento do trabalho e avaliar como ampliar e melhorar o acesso dos pacientes ao tratamento”, explicou Ana Rita.
A doença falciforme é hereditária e causa má formação das hemácias, ocasionando deficiência no transporte de oxigênio no sangue. Isso diminui a expectativa de vida do indivíduo de um a cinco anos, em média. Esse tipo de doença é prevalente na população negra.