Com um plano de governo voltado para o desenvolvimento econômico e social que observa o equilíbrio com o meio ambiente, o governador Tião Viana fez de 2015 um ano de fortalecimento da agroindústria no Acre.
Investindo em parcerias público-privada-comunitárias, este foi um ano de concretização de cadeias produtivas, obtendo resultados práticos e entrando num momento de expansão.
As cadeias do peixe, da suinocultura, de aves e madeira fecham 2015 fortalecidas, com a inauguração de espaços industriais de beneficiamento, gerando emprego e aumento da renda, ultrapassando inclusive do eixo da capital acreana.
Complexo de piscicultura
Somando um investimento de mais de R$ 120 milhões, o complexo de piscicultura Peixes da Amazônia S.A. nasceu com a pretensão de transformar o Acre no endereço do peixe na Amazônia, ao juntar num só espaço um laboratório de alevinagem, uma fábrica de ração e um frigorífico de cortes – última etapa e que entrou em funcionamento este ano.
Se em abril a produção diária de filetado e peixes congelados inteiros do frigorífico da Peixes da Amazônia era de 2.500 quilos por dia, hoje a produção saltou para 8.500 quilos.
Os números de contratações também são animadores. Em abril eram 26 trabalhadores no frigorífico, já em novembro foram registrados 62. “E nossa previsão para dezembro é de contratar pelo menos mais 19”, conta, orgulhoso, Jair Bataline, gerente de operação do frigorífico.
O governador Tião Viana reforçou o projeto do complexo, construindo cinco mil tanques comunitários para pequenos produtores, que assim também têm a oportunidade de fazer parte do negócio.
“Nossa meta é avançar para cem mil toneladas de peixe por ano, o que irá gerar uma receita anual de mais de um bilhão de reais na economia do Acre”, disse o governador.
Dom Porquito
Considerado pela Associação Brasileira de Suínos o mais moderno em tecnologia do Brasil, o frigorífico Dom Porquito, em Brasileia, iniciou suas atividades em novembro deste ano, gerando 300 empregos diretos, podendo chegar a mais de mil quando alcançar o auge.
Os investimentos no complexo já englobam R$ 85,1 milhões, e o abate de suínos já começa a uma média de 300 por dia. Mesmo inaugurada recentemente, a indústria já tem contratos fechados com Hong Kong, Peru, Bolívia e Vietnã, além do mercado local. A mercadoria será exportada pela BR-317, a Rodovia Transoceânica.
Paulo Santoyo, sócio majoritário do empreendimento, conta: “O frigorífico não estaria aqui se não houvesse a rodovia, esse caminho do Pacífico. Quando o ex-presidente Lula quis fazer a rodovia, certamente houve uns cem burocratas que devem ter dito a ele: ‘Você está louco, presidente!’. E ao fazer a estrada, ele abriu oportunidades para o Acre”.
A comunidade rural do Alto Acre entra na cadeia com o processo de engorda dos animais. Já estão em operação 55 unidades de engorda de suínos por meio de pequenos produtores rurais. A meta da empresa é chegar a cem produtores integrados, que vão suprir a unidade industrial para o abate de 800 animais/dia.