[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”292384″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1502018938062{margin-top: -200px !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1502026493033{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_custom_heading text=”6 de Agosto: o varadouro que se tornou bairro tradicional em Rio Branco” font_container=”tag:h1|font_size:50|text_align:left|color:%236d6d6d” google_fonts=”font_family:Open%20Sans%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C600%2C600italic%2C700%2C700italic%2C800%2C800italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text css=”.vc_custom_1502020110912{background-color: #ffffff !important;}”]A história do bairro 6 de Agosto se confunde com o surgimento da própria capital Rio Branco, por ter sido palco de batalha da Revolução Acreana, em 1902. O bairro surgiu a partir de um varadouro que ligava os seringais Catuaba e Volta da Empreza e por onde circulavam comboios de mulas trazendo e levando borracha e aviamento para as colocações. Por esse varadouro, Plácido de Castro atacou os bolivianos no Igarapé da Judia, em 1902.
O senhor Alberto Margarido Neto, prestes a completar 90 anos, é o morador mais antigo do bairro e sabe na ponta da língua esse episódio da revolução. “O varadouro foi o seguinte: era capim de um lado, mato do outro, e o caminho no meio. O Plácido de Castro foi da boca do Igarapé Judia até Xapuri. Foi lá que ele comandou a revolução contra os bolivianos.”
A mãe de seu Margarido faleceu quando ele tinha dois anos e, aos 15, ele ainda era analfabeto, foi quando decidiu estudar e trabalhar. “Fui criado pela minha avó, que era parteira e vivia de um lado para o outro colocando criança no mundo. Eu disse pra ela: — já tenho 15 anos e não sei nada, não sei ler, nem tenho profissão. Vou cortar seringa para arranjar dinheiro e estudar.”
Seu Margarido trabalhou por cinco anos no Seringal Corredeira e conseguiu juntar um saldo de 68 mil cruzeiros, no dinheiro da época. “Pois bem, cortei seringa e quando voltei aprendi a carta do ABC com a professora Mozinha. Depois, entrei no Colégio Acreano, foi onde conheci a Guajarina. Começamos a conversar e a coisa foi indo. Assim que nos conhecemos…”
Dona Guajarina nasceu no Seringal São Luís do Remanso, mas se mudou para o Bairro Quinze aos três anos. “Fiquei lá até quando me casei. Aí o rapaz aqui [se referindo ao marido] entendeu de ir lá me buscar e eu, de besta, vim”.
Juntos, seu Margarido e professora Guajarina Lima tiveram quatro filhos e continuaram morando no bairro 6 de Agosto. “De lá pra cá, transformou muita coisa. Quando cheguei por aqui era quase tudo só mato”, relembra dona Guajarina.
Ela foi professora por quase 40 anos e é uma das fundadoras da Associação de Mulheres do Segundo Distrito, criada em 2005. A associação é voltada para ajudar mulheres a conseguir emprego por meio de cursos de capacitação, como de cabeleireira, pintura, corte e costura.
Um pouco da história
A história do tradicional bairro 6 de Agosto é contada em detalhes no livro Dez Vezes Seis, escrito por Marcus Vinícius Neves e Mauricélia Barrozo. Depois do episódio marcante da Revolução Acreana, o varadouro passou a receber o nome de Rua 6 de Agosto, em homenagem ao conflito liderado por Plácido de Castro e nunca mais teve seu nome alterado.
Diferente da capital que, na época, se chamava Vila Rio Branco, localizada no Segundo Distrito, e, depois passou a se chamar Penápolis e – finalmente –, Rio Branco, a partir de 1912, já sediada no primeiro distrito da capital.
Mesmo com as mudanças no nome e na reorganização da cidade, o 6 de Agosto continuou sendo um bairro popular e movimentado. Ainda nas suas primeiras décadas de história, se instalaram por lá casas comerciais, bares, hotéis, cinema, casas de lazer, loja maçônica e centro espírita. A comunidade também continuou sendo palco da realização de eventos sociais, como procissões religiosas, desfiles cívicos e festas populares.
Hoje em dia
“Morar no 6 de Agosto é tranquilo e prazeroso. É um bairro bem localizado e a gente não precisa de ônibus para se deslocar até o centro da cidade”, conta o comerciante Jamil Farias, que mora no bairro há 55 anos.
José Reginaldo Cavalcante trabalha como permissionário do Mercado 6 de Agosto há mais de 40 anos e conta que o bairro mudou muito em razão das grandes obras de infraestrutura na região, principalmente com a construção das pontes e das avenidas Ceará, Amadeo Barbosa, Getúlio Vargas e da Via Chico Mendes.
“O bairro fica no eixo central da cidade, é passagem obrigatória entre o primeiro e o segundo distrito. Com as pontes e as avenidas, ele ganhou uma dinâmica muito grande. O centro comercial está sufocado por não ter onde estacionar. Nossa reinvindicação número um é a construção de um estacionamento e o alargamento da rua principal”, relata Cavalcante.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”Texto: Bleno Caleb || Fotos: Diego Gurgel” font_container=”tag:h3|font_size:20|text_align:center|color:%237a7a7a” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][/vc_column][/vc_row]