Considerado como o terceiro tipo de câncer mais comum entre pessoas do sexo feminino, o câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é o quarto maior responsável pela morte de mulheres em todo país. No Brasil, em 2014, são esperados cerca de 15.590 novos casos.
Por isso, as iniciativas para prevenir e diagnosticar potenciais casos de câncer de colo uterino foram intensificadas e, conforme informações do Hospital do Câncer do Acre, o número de casos reduziu de 92, em 2012, para 63, em 2013.
De acordo com a técnica da equipe do Programa Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Ornella Santi, apesar da redução, ainda é importante que as mulheres sejam sensibilizadas e informadas sobre a necessidade de fazer o exame preventivo.
“É fundamental que os profissionais de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero”, ressaltou Ornella.
Ornella disse que, apesar da redução dos casos, ainda há muita resistência por parte das mulheres em realizar o exame preventivo. “Muitas mulheres têm receio de fazer o exame por medo de sentir alguma dor. Outras não fazem porque o marido não aceita, por exemplo. Por isso é importante sensibilizá-las”, explicou.
O método preventivo, o PCCU (Papanicolau), é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades básicas de saúde da rede pública.
Exames itinerantes
O Programa Itinerante de Rastreamento de Câncer do Colo do Útero – lançado em dezembro pelo governo do Estado, por meio da Sesacre –, tem beneficiado muitas mulheres com exames preventivos. E pretende organizar a rede de prevenção do câncer do colo do útero, aumentando a cobertura da população alvo em 80% (cerca de 60 mil mulheres), buscando garantir o diagnóstico e tratamento dos casos alterados.
Dentre as principais ações estão a garantia do acesso ao exame preventivo com qualidade às mulheres entre 25 a 64 anos em todos os municípios; tratamento adequado àquelas que possuem lesões precursoras do colo do útero; qualificar a rede de atenção para o controle do câncer; bem como, intensificar a difusão de informações educativas sobre prevenção, conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS).