Maria Célia de Souza Cauassa e o marido Dejaci de Lima moravam em Guajará, Amazonas. Ele foi demitido do emprego e a família mudou-se para Cruzeiro do Sul, onde foi morar na beira do Rio Juruá. Para sobreviver, Maria Célia fazia quibes em casa e o companheiro vendia pelas ruas. Em 2011, Dejaci ouviu falar da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) e inscreveu-se no curso de doces e salgados, mas acabou desistindo. Maria Célia decidiu fazer o curso no lugar do marido: “Eu não sabia fazer pastel, apenas quibe. Aprendi a fazer bolo, risoles e cozinhar, relata”.
Em 2012, Maria Célia recebeu da SEPN um freezer, uma estufa, um fogão, um tacho e um cilindro, com o que montou um pequeno negócio. Hoje, faz cerca de 150 salgados por dia e, graças aos novos equipamentos, economizou tempo de trabalho. “Antes levantava a uma hora da madrugada para fazer salgados”, lembra.
Ela vende em casa e o marido continua a vender de forma ambulante. Além disso, tem um ponto de entrega na beira do rio. O faturamento com os salgados, que antes era de R$ 500, triplicou.
A vida da família mudou. Venderam a casinha à beira do rio e compraram a casa onde moram atualmente, no bairro da Várzea. “Estamos pagando esta casa. Falta pouco e vamos pagar com nosso serviço”, diz. O casal e os cinco filhos também melhoraram a qualidade de vida; para arrumar a casa, Maria Célia comprou sofá, dois aparelhos de televisão, mesa de cozinha e outros utensílios. “Quase tudo que tenho vem dos salgados. Estou muito satisfeita. Hoje posso ajudar meus filhos, isso significa muita coisa para mim”, relata.