O governador Tião Viana reuniu-se com empresários e representantes responsáveis pelo abastecimento de produtos perecíveis, não perecíveis e demais bens de consumo no estado, nesta sexta-feira, 28, para assegurar à população que os governos estadual e federal e a classe empresarial têm mantido todos os esforços para que não haja desabastecimento no Acre.
“Nós temos a mais grave tragédia ambiental da história da Amazônia com essa cheia do Rio Madeira, mas temos o esforço de antecipação de qualquer crise para evitar danos à população. A mais grave ameaça eram os combustíveis, mas temos os reservatórios de Cruzeiro do Sul já nos atendendo e dando segurança para as próximas semanas”, observou Tião Viana.
O governo federal garantiu a liberação de voos para transportar as cargas que estão em Porto Velho. O Estado tem trabalhado de forma rigorosa em parceria com empresários, priorizando o embarque de gêneros alimentícios perecíveis e de primeira necessidade. Com relação ao gás de cozinha, Tião Viana destaca que as empresas do setor fizeram um esforço a mais, devido à situação, e asseguraram a chegada de gás suficiente para que os consumidores tenham estabilidade nos próximos dias.
“Já os supermercados e associações que vendem hortifrutigranjeiros e bens de consumo e as empresas de materiais de construção estão finalizando um arranjo que nos permita que os produtos venham do Peru”, declarou o governador.
Ainda, Tião Viana anunciou que até sexta-feira, 28, foi levantado que há 300 toneladas de produtos perecíveis em Porto Velho (RO) e por isso, por meio da Casa Civil, foi solicitado à presidência da República que sejam enviadas aeronaves ao Acre para a remessa dos produtos.
As cargas transportadas entre Acre e Rondônia pela Força Aérea deverão ter descontos para a população, tendo em vista que os empresários não estarão pagando frete pelo transporte entre Porto Velho e Rio Branco. O acordo que assegura que os produtos não sofrerão aumento de preços foi firmado entre o governador e os empresários na reunião desta sexta-feira. Órgãos como o Procon, que atuam na defesa dos direitos do consumidor, serão responsáveis pela fiscalização do acordo.
Os empresários reforçam o pedido de que a população não faça estoque de produtos para que isso não gere uma corrida desenfreada causando, assim, um desabastecimento no comércio. “Todos podem fazer suas compras como habitualmente, não há necessidade de comprar para estocar. Nós estamos trabalhando, fazendo um esforço para isso”, disse Jurilande Aragão, presidente da Associação Comercial e Industrial do Acre (Acisa).