A distribuidora do gás de cozinha Fogás precisou tomar medidas diferentes para abastecer o Acre durante a crise causada pela cheia do Rio Madeira. E neste sábado, 8, pela primeira vez na história do estado, a empresa fez chegar 450 toneladas do gás no estado líquido (GLP), por balsa pelo Rio Acre, para ser envasado em botijas só em Rio Branco. A viagem durou 14 dias a partir da base de Manaus e a distribuição no estado deve normalizar pelos próximos dez dias. Antes o estado recebia apenas as botijas, vindas da distribuidora de Porto Velho.
O governador Tião Viana fez questão de acompanhar a chegada da balsa no Porto do bairro Cadeia Velha. “É um esforço grande do governo e empresários para criar rotas fluviais nesse momento e o pacto aqui é não aumentar o preço para o consumidor e atender a população. Estamos garantindo que não vai faltar gás de cozinha para o Acre”, ressaltou o governador.
Acompanhando pessoalmente as operações de abastecimento via fluvial, o diretor-presidente da Fogás, Jaime Benchimol, informa que a situação dos rios amazônicos criou uma crise nas rotas de abastecimento do Acre, Rondônia e agora Roraima. Para o abastecimento no Acre, além dessa, outra balsa com mais 450 toneladas do gás se dirige para Rio Branco nos próximos dias.
“Estamos com o apoio total do governo do Acre para a operação. Essa balsa traz aproximadamente um terço do consumo mensal do estado. Temos segurança para 10 dias e temos uma segunda balsa a caminho com a mesma capacidade, sem interferência no preço final”, reforça Jaime. A empresa ainda está analisando trazer gás para Rio Branco após esses 20 dias de abastecimento ou botijas já prontas para Cruzeiro do Sul se a situação do Rio Madeira se agravar e a estrada ficar comprometida.
Para a deputada federal Perpétua Almeida, “Aqui tem um esforço de todo mundo, do governo e das empresas para abastecer o Acre. A distribuidora da Fogás em Porto Velho está alagada, então são necessárias outras maneiras para que o gás de cozinha não falte para os acreanos”.