O governo do Estado investe na ampliação da infraestrutura do Sistema Público de Comunicação, com a proposta de garantir o acesso da informação aos acreanos. Atualmente, o complexo é administrado pela Fundação Aldeia de Comunicação (Fundac), que abrange a Rádio Difusora Acreana (“A Voz das Selvas”) e a rádio e TV Aldeia.
A empreitada contempla o aumento da capacidade de armazenamento de dados, que a partir de agora será digital, e a integração das unidades por meio de fibra ótica, possibilitando a recepção e o envio de som e imagem, além de ajustes definitivos na antena para que a transmissão alcance com mais qualidade os lares distantes do Centro.
“Em cumprimento à lei federal, a despedida do analógico também está em fase avançada na casa”, comenta o secretário de Comunicação (Secom), Leonildo Rosas. Após o prazo de concessão dado pelo Ministério das Comunicações (MiniCom), que se encerra em 2017, as emissoras de televisão ainda terão 12 meses para entrar no ar.
O passo seguinte será a contratação de satélite para que o sinal da TV Aldeia, filiada da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e da TV Cultura de São Paulo – eleita pelo Instituto Populus a segunda melhor programação pública do mundo –, retorne às 22 cidades do Acre, a exemplo das 11 rádios do Sistema Público de Comunicação.
“Sena Madureira já possui programas locais, Cruzeiro do Sul está com 70% da estrutura pronta para produzir conteúdo, e em breve a capital também terá novidades na grade. Estamos investindo na capacitação dos nossos servidores”, revela o diretor de programação da Fundac, Alexandre Nunes.
Expectativa para a TV Digital
No início de abril, o Instituto Fecomércio de Pesquisa Empresarial do Acre (Ifepac) entrevistou 400 consumidores, dos quais 26% revelaram interesse na compra de televisores de última geração, impulsionados pela Copa do Mundo – cujo jogo de abertura será entre Brasil e Croácia, no dia 12 deste mês.
Segundo o governo federal, 69% dos telespectadores do país trocaram os aparelhos de tubo pelos de tela fina nos últimos três anos e, atualmente, cerca de 80% dos brasileiros já possuem o equipamento em casa.
Radiodifusão
Em março, o MiniCom também anunciou as regras para a migração de frequência das rádios AM para FM – reivindicação antiga dos radiodifusores –, na qual a Fundac já manifestou interesse e está no aguardo da liberação. A medida afeta diretamente “A Voz das Selvas”.
“Estamos num período de fundamental importância para a nossa história, que é a comemoração dos 70 anos da Difusora Acreana. Cumpriremos, então, o compromisso de modernizar essa que é para o governo a emissora mãe do Sistema Público de Comunicação”, explica Leonildo Rosas.
A expectativa é de que haja maior alcance da audiência, permitindo o acesso de dispositivos como smartphones e tablets, além do fortalecimento do ponto de vista comercial e financeiro. Hoje, o Sistema Público integra as associações das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) e das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec).
“A criação e a consolidação da Fundac é importante no que se refere à organização administrativa da instituição, que organiza as outorgas das rádios e tevês, que até então eram retiradas e renovadas pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM)”, explica a diretora-presidente da instituição, Andréa Zílio.