Poder de decisão, sensibilidade e coragem para trabalhar foram os quesitos fundamentais para transformar um setor que estava à beira da falência. Sem espaço adequado para trabalhar, falta de madeira legalizada e inúmeras multas, assim se resumia a vida de centenas de marceneiros do Acre.
Três anos depois, essa realidade é completamente diferente. Jorge Melo de Lima, há anos trabalhando na produção de móveis, revela: “Hoje nós somos felizes! Tudo que sonhamos agora temos. O governo cumpriu o que prometeu para a gente”. Com um pouco mais de conversa Jorge, rindo, diz: “Mas nada que não possa melhorar”.
A felicidade de Jorge e de seus colegas se justifica porque eles conhecem e se beneficiam diretamente de todos os investimentos realizados no setor marceneiro do Acre. Somente na construção de galpões – 95 no total -, são mais de R$ 18 milhões.
Com o Programa de Compras Governamentais, mais de R$ 10 milhões foram inseridos no setor. Outras centenas de jovens e até veteranos das marcenarias fizeram cursos técnicos e de qualificação em produção de móveis, tudo para dar mais qualidade ao produto.
Além disso, cerca de 400 marcenarias foram legalizadas, e com a ajuda da deputada Perpétua Almeida, que destinou emenda para a categoria, mais de três mil máquinas serão entregues para os marceneiros, como forma de dar mais agilidade à produção.
Governo do Acre já licenciou 90% das marcenarias do estado
Quando assumiu o governo do Acre, Tião Viana lançou o Programa de Fortalecimento do Setor Moveleiro. A primeira medida foi justamente resolver o principal problema do setor, que era a falta do licenciamento ambiental das marcenarias.
De cerca de 400 marceneiros existentes em todo o estado, apenas 10% eram regularizados – 90% atuavam na ilegalidade, travando batalhas diárias com os órgãos de fiscalização. Foi então que o governo colocou um verdadeiro “batalhão de servidores” da Secretaria de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) e do Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac) visitando todas as marcenarias do estado, e em pouco mais de três anos 90% conseguiram o licenciamento ambiental.
“Esse trabalho de licenciamento das marcenarias nunca aconteceu na história do Acre, e foi essa medida que salvou o negócio de muitos pais de família. Essa, com certeza, foi a melhor coisa que o governo fez para a gente”, comenta o marceneiro Abib Nascimento.
Às outras 10% que ainda não receberam suas licenças, o governo garante que até o fim do ano estarão legalizadas. “Já demos entrada em toda a documentação no IMAC. É questão de dias para que as licenças sejam emitidas. Outras pendências que existem serão sanadas assim que eles [marceneiros] se mudarem para os parques industriais”, garante Eder Fidelis, coordenador do Programa de Fortalecimento do Setor Marceneiro.