O Ministério da Cultura (Minc) realizou a 20ª edição da Ordem do Mérito Cultural nesta quarta-feira, 5, no Palácio do Planalto, em Brasília. Ao todo, 26 personalidades e quatro entidades foram premiadas com as tradicionais classes Grã-Cruz, Comendadores e Cavaleiros. Entre os homenageados estava o sertanista José Carlos Meirelles.
A premiação anual é realizada no Dia Nacional da Cultura e busca reconhecer o trabalho de brasileiros que contribuíram para a valorização da cultura no país. Nesta edição, a arquiteta Lina Bo Bardi e a artista plástica Djanira da Motta e Silva foram as principais homenageadas, pela forte participação na projeção da identidade cultural brasileira.
Agraciado com o título de Cavaleiro, José Meirelles, atua há mais de 40 anos no cenário indigenista, participou da elaboração da nova política para índios isolados e criou a Frente de Proteção Etnoambiental Envira.
Em 2010, pediu demissão da Fundação Nacional do (Funai) e atualmente trabalha na Assessoria Indígena do governo do Acre. “O prêmio é um ótimo incentivo aos homenageados, ao mesmo tempo que nos cobra mais responsabilidades ainda no desenvolver do nosso trabalho”, destacou Meirelles.
A lista com o nome dos agraciados foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira. A escolha dos nomes segue um rito que permite a participação da sociedade. Eles são aprovados pelo Conselho da Ordem do Mérito Cultural e seguem para a Presidência da República.
“Essa cerimonia nos permite valorizar e também reconhecer algo que é uma das nossas riquezas: essa extrema diversidade cultural, que constitui nossa capacidade de construir, de criar e de produzir cultura no país. Todos os homenageados expressam essa pluralidade da mistura de diferentes manifestações, que compõem o mosaico da nossa nacionalidade”, ressaltou a presidenta Dilma Rousseff.