Nas paredes da casa de Alcilete dos Santos, ainda se avistam as marcas do nível a que as águas chegaram durante a alagação. E ao mostrar seus pertences encaixotados, ela ainda se emociona ao contar sobre as dificuldades que viveu. Neste ano, quando ficou desalojada, abrigou-se com sua filha na casa do irmão e agora vivem juntas a contagem regressiva pela mudança.
“Eu tentei salvar minhas coisas, o pouco que ficou perdeu”, ela exemplifica lamentando pelo sofá. Alcilete trabalha como salgadeira durante a semana e cozinheira no fim de semana, mas o sentimento não é de tristeza, pois ela já contabiliza a casa como uma herança que vai deixar para sua filha, que é seu orgulho por ser esforçada e universitária no curso de Redes de Computadores.
Gleysson Barbosa também mora no bairro Cadeia Velha e o atendimento das assistentes sociais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SEDS) levou em consideração que duas famílias residiam na mesma casa, por isso sua sogra foi beneficiada com uma casa no Andirá e a família de Gleysson em poucos dias também se muda para o Carandá.
“Na última alagação, fui com minha esposa grávida para o Parque de Exposições. Agora a Gisele já está com sete meses e com as chuvas, o rio enchendo eu já estava temendo por doenças e passar isso com ela pequenininha. Estou muito feliz, porque é muito bom saber que vou passar o Natal na casa nova”, diz o beneficiado