A associação cultural peruana “Nómadas” trouxe para Rio Branco a Mostra de Cinema Itinerante e está exibindo filmes em diversos bairros. A programação faz parte do “V Festival Pachamama – Cinema de fronteiras”, realizado na cidade desde o início da semana.
O projeto de levar cinema para pequenos e distantes grupos se iniciou em 2006, quando o presidente do “Nómadas Perú”, Aldo Callegari, decidiu exibir filmes para comunidades indígenas do país. A iniciativa deu certo e, desde estão, o grupo expandiu o projeto para diversos países da América Latina, como Bolívia, Equador, Paraguai, Chile e Brasil.
Callegari explica que teve a ideia ao perceber que não eram disseminadas informações sobre produção cultural nas periferias. “Com essa iniciativa, idealizamos outras formas de comunicar, outras artes, outras expressões e outras histórias.”
No Acre, o projeto chegou em 2010 para realizar exibições em comunidades isoladas. No ano seguinte, a convite do Festival Pachamama, passou a promover as mostras em bairros periféricos e outras comunidades. Agora, além do “Nómadas Peru”, existe o “Nómadas Brasil”, que idealiza o cinema itinerante no país.
O italiano Miguel Mauri, que mora em Rio Branco há seis anos, conta que veio para trabalhar como enfermeiro e como sempre atuou no ramo de produção cultural e cinema, decidiu se juntar ao projeto desde a criação. Atualmente, é o presidente do “Nómadas Brasil”.
Mauri afirma que a existência do projeto dentro do Pachamama apresenta à população opções de cinema. “O festival é lindo, e a possibilidade de exibir filmes para a comunidade é importante. Além disso promove intercâmbio cultural com os países vizinhos.”
O grupo já passou este ano por diversas comunidades de Rio Branco, como a Cidade do Povo, Alto Santo e Taquari. Durante a programação, são exibidos dois curtas e dois médias metragens.