Detectar doenças genéticas não é uma tarefa fácil, e estas, por sua vez, acometem pelo menos 3% dos recém-nascidos no estado. Para ajudar no combate a esse problema, o Acre dispõe há quatro anos de uma especialista na área, que atua na rede pública de saúde e tem contribuído com o diagnóstico cada vez mais precoce das patologias.
Bethânia Ribeiro é responsável pelo tratamento de crianças que desenvolvem tipos de defeitos congênitos, aqueles que se caracterizam como anomalias ou malformações. Segundo a geneticista, “qualquer malformação é detectada ao nascimento e o tratamento precoce pode mudar totalmente a evolução da doença”.
Entre os problemas mais comuns estão os cardíacos, intestinais e a Síndrome de Down. Exames como o ecocardiograma e a ultrassonografia morfológica são alguns dos aliados da medicina para diagnosticar qualquer tendência ao desenvolvimento desses quadros.
“Por isso é tão importante o acompanhamento das pacientes ainda no pré-natal, uma vez que quando é detectada alguma predisposição ao surgimento de defeitos congênitos, elas são encaminhadas para o pré-natal de risco, do ambulatório de genética do Hospital das Clínicas”, explica Bethânia.
A contratação de uma especialista se deu pela preocupação do governador Tião Viana, que por ser médico entende a necessidade desse trabalho no estado. Isso porque as doenças genéticas dificilmente se apresentam como apenas um problema, e, por isso, os pacientes precisam ser avaliados por inteiro.
Diariamente, a geneticista visita a UTI Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora, assim como a UTI e enfermarias do Hospital Infantil, para avaliar os recém-nascidos. A continuação do tratamento é feita no HC. O Acre também dispõe de um laboratório de oncogenética no Hospital do Câncer (Unacon), em Rio Branco.