Representantes da Cooperativa Nova Cintra, Cooperpeixes e dos povos indígenas da etnia Poyanawa, reuniram-se na tarde desta terça-feira, 20, em Cruzeiro do Sul, com o secretário de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Edegard De Deus, o diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), Pedro Longo e a diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Magaly Medeiros para apresentar os resultados alcançados com a realização de projetos ligados ao meio ambiente que recebem apoio do governo do estado.
Os trabalhos realizados pela Cooperativa Nova Cintra, que além de Cruzeiro do Sul tem cooperados de Rodrigues Alves e Porto Walter, alcançam 162 famílias, em 27 comunidades. Os cooperados trabalham com a extração de óleo do “murmuru”. Com o apoio do governo e os recursos provenientes da Lei do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (SISA), do banco KFW, os cooperados atingem uma renda de até 96 mil reais por ano.
“Nós não nos cansamos de agradecer ao governo do estado por esse apoio e por sempre nos incentivar a trabalhar e, ao mesmo tempo, cuidar da natureza. Sem ele seria impossível que nós fizéssemos alguma coisa”, contou o presidente da Nova Cintra, Rivaldo Pereira da Costa.
A comunidade indígena Poyanawa também comemora o apoio do governo e a doação dos recursos do KFW. Eles acabam de concluir a construção de uma Arena, que será utilizada para encontros interculturais e também na Olimpíada realizada pela comunidade.
Para o representante do povo Poyanawa do Juruá, José Luiz Poyanawa, a ajuda do governo foi imprescindível para realização desse projeto. “A construção da arena é a realização de um sonho do nosso povo. Lá nós vamos poder ter contato com a nossa cultura, nossa espiritualidade, e vamos poder receber as pessoas que desejam conhecer mais a nossa história”, disse.
O IMC é responsável pelo acompanhamento aos projetos que recebem os recursos do SISA. A diretora presidente do órgão, Magaly Medeiros, explica que o mais importante é conscientizar essas comunidades de que é possível aliar o trabalho a redução de desmatamento.
“Nosso objetivo maior é fazer com essas comunidades consigam conciliar o trabalho que gera renda, com a diminuição da pressão na floresta, mantendo ela de pé”, explicou Magaly Medeiros.