Artesanato, cursos, reciclagem, geração de renda e emancipação das mulheres. Estas são palavras que podem resumir a Associação das Mulheres do Segundo Distrito. A ideia surgiu há 15 anos, mas só foi concretizada em 2005 e partiu de uma iniciativa da professora Guajarina Margarido, moradora do bairro Seis de Agosto.
Quando se aposentou em 2003, a professora, que é formada na primeira turma de Letras da Universidade Federal do Acre, imaginou que não poderia ficar sem fazer nada “Não era o que eu queria. Nunca imaginei minha vida dentro de casa sem trabalhar”, conta.
Desta forma, Guajarina, em parceria com outras pessoas, tomou a iniciativa de sair pelos bairros da capital resgatando mulheres para fazer parte de um grupo que se reuniria para debater formas de gerar renda e emancipação do gênero. Assim, no dia 5 de maio de 2005, surgiu a Associação de Mulheres.
Inicialmente, a associação funcionou em uma sala cedida pela prefeitura de Rio Branco na Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB). Em 2006 o grupo cresceu, e o governo do Estado apoiou cedendo a Tentamen para a realização de reuniões, palestras sobre política das mulheres e oficinas de artesanato.
Apoio do Estado
Como sempre demonstraram interesse em participar da Economia Solidária em feiras que ocorrem nas praças da cidade, as mulheres da associação perceberam que o espaço que tinham para trabalhar era pequeno e, muitas vezes, o lucro das vendas não cobria os custos.
A Associação das Mulheres do Segundo Distrito foi uma das contempladas com a ação do governo de fomento aos pequenos negócios. Em janeiro deste ano mais 200 equipamentos foram entregues.
Assim, o grupo passou a buscar um espaço maior para que pudessem aumentar a produção. “Nunca deixamos de participar de uma feira, e com a ajuda da Secretaria de Política para as Mulheres, conseguimos um espaço maior”, conta Norma Morais, presidente da associação.
Atualmente, a associação funciona no bairro Segundo Distrito, em um espaço anexo a uma igreja da comunidade. Com o apoio da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), elas receberam máquinas de costura. Também receberam auxílio da Economia Solidária e do Serviço Social do Comércio (Sesc) para a disposição de cursos de cabeleireiro.
Há dois anos, com o apoio da SEPN, a Associação das Mulheres investe em confecção de bolsas, porta-moedas, carteiras e pastas recicladas, a partir de restos de banners. Devido ao aumento da demanda, em 2014, a secretaria dispôs de mais quatro máquinas de costura industrial para a fabricação dos itens.