Acreano de coração, o paranaense Sérgio Alercio chegou ao Estado em 1985. Quando saiu da sua cidade natal para desbravar o desconhecido, o agricultor rural tinha apenas a expectativa de comprar uma propriedade. Dono de mais de 100 hectares de terras, na BR-317, em Assis Brasil, há quatros anos aderiu ao Programa de Florestas Plantadas, desenvolvido pelo governo do Estado.
O projeto seleciona produtores aptos a cultivar espécies de árvores que, posteriormente, geram grande rentabilidade. Entre as espécies de maior sucesso sugeridas para cultivo dentro do programa, destaca-se a seringueira. O Estado oferece mecanização e mudas para cultivo, enquanto o extrativista ou produtor rural entra com a mão de obra e o processo de adubação.
Em sua propriedade, Sérgio cultiva 250 mudas de seringueira, distribuídas entre remanescentes, novas e clones. A seringueira leva sete anos para começar a produzir. Contudo, a comercialização de mudas é um negócio que tem gerado renda aos agricultores familiares responsáveis pelos viveiros.
“Atualmente eu forneço mudas para outros produtores, que graças aos incentivos do governo conseguem investir em suas terras. O cultivo da seringueira nos permite uma volta a nossas origens. O programa é empolgante e, com certeza, daqui a alguns anos o Acre vai ser destaque em produção e sustentabilidade”, ressaltou o produtor.
Com medição de quatro hectares, o viveiro de Sérgio Laercio fornece as mudas doadas, pelo governo do Estado, aos agricultores selecionados pelo Florestas Plantadas. Nesta semana, o secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, esteve na propriedade para acompanhar os resultados do programa.
“Estamos visitando e conhecendo os trabalhos que foram desenvolvidos com o apoio do Estado, para que juntos possamos avaliar as ações e fortalecer as parcerias com os agricultores familiares”, destocou o gestor.