Iniciadas em 2012, logo após a maior enchente já registrada em Brasileia, para conter um grande desbarrancamento na Avenida Prefeito Rolando Moreira, a “Rua do Comércio”, as obras de contenção deste trecho da encosta do Rio Acre devem ser concluídas no fim deste verão, garante o secretário estadual de Obras Públicas, Leonardo Neder.
De acordo com o secretário, havia possibilidade técnica de entrega dentro do prazo, mas ocorreu o atraso por consequência do sistema de repasse destes recursos federais e da cheia do Rio Madeira em 2014, que prejudicaram a chegada de insumos e de uma máquina usada para fixar as pranchas metálicas, que formam o muro de contenção.
“Nós já estamos com mais de 80% das obras daquele local concluídas. Nossa meta é finalizar esta parte da intervenção até o fim do próximo verão, corrigindo eventuais problemas. A obra está cumprindo com seu objetivo de evitar o avanço do desbarrancamento que inutilizou parte daquela rua e provavelmente já teria atingido muitas edificações no lado oposto.”
Desafios de construir na Amazônia
Segundo Neder construir em encostas é sempre um grande desafio em se tratando dos rios amazônicos, por terem leitos ainda em formação geológica.
“Por se tratar de rios com características muito específicas em cada trecho, os especialistas propõem projetos com a maior garantia possível de solução, sempre buscando as melhores inovações. Foi assim com as obras nas encostas da Gameleira, do Mercado Velho, Mercado dos Colonos, nas construções das grandes pontes, entre outras tantas obras bem sucedidas, ainda que com a previsível necessidade de manutenção posterior”, destaca Neder.
No caso da encosta do Rio Acre, em Brasileia, o secretário explica que estão sendo tomadas todas as providências administrativas para o diagnóstico e a correção dos pontos de preocupação observados na obra, como o comportamento do aterro, que sofreu erosão pela baixa repentina do Rio Acre e a inclinação de algumas pranchas metálicas usadas para conter o desbarrancamento.
“A equipe técnica da Seop já adotou as medidas normais para este tipo de situação, formalizando os pontos de preocupação para a construtora responsável, de forma que esta se manifeste em resposta e, então, seja produzido o laudo definitivo por parte do governo, determinando as providências decorrentes. Entretanto, o fato mais importante é que o sistema de contenção já resistiu a dois períodos invernosos anteriores e, por isso, após serem efetuadas as melhorias que forem necessárias, entendemos que as obras serão concluídas adequadamente neste ano.”