Empresários do setor florestal, moveleiros, engenheiros florestais, representantes de cooperativas de floresta e produtores rurais reuniram-se com alguns deputados estaduais nesta quinta-feira, 19, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para pedir que eles reforcem, junto à bancada federal do Acre, o pedido de revogação da portaria 443 do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que altera a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. O documento proíbe a exploração de mais de duas mil espécies de madeira, entre elas três das mais comercializadas no Acre: cedro, cerejeira e angelim.
A presidente da Associação de Indústria de Madeira de Manejo do Estado do Acre (Asimmanejo), Fátima Gonçalves, explicou que se a portaria não for suspensa afetará diretamente as indústrias florestais do estado. “Nós temos todo um cuidado técnico para manter as espécies de pé e produzindo. Não faz sentido proibir uma atividade que é realizada de maneira sustentável”, disse.
Com o apoio da bancada federal, a categoria conquistou a alteração em alguns pontos da portaria no que diz respeito aos processos de manejo que já estavam em andamento, ao número de espécies que podem ser exploradas e àquelas que devem ser conservadas, por hectare. Os representantes da indústria de floresta querem a suspensão da portaria, por ao menos seis meses, para entregar estudo específico sobre as espécies que são exploradas no estado.
O deputado estadual Ney Amorim, presidente da Aleac, comprometeu-se em criar uma comissão para entrega do estudo das espécies. “Vamos formar uma comissão para auxiliar na entrega dos estudos da espécie e também tentar uma outra audiência com a ministra Izabella Texeira”, declarou.