A Comissão Estadual de Socorro e Levantamento para a Avaliação de Danos, composta de representantes do governo do estado, governo federal e prefeitura de Rio Branco, criada para levantar os prejuízos e discutir as ações de apoio aos produtores rurais que perderam a produção agrícola durante a enchente histórica do Rio Acre, apresentou na manhã desta terça-feira, 17, uma análise prévia dos danos causados pela cheia a engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e engenheiros florestais.
“O objetivo desse encontro é socializar os números que demonstram os prejuízos de nossos produtores. Precisamos do apoio de todos os profissionais que trabalham com os agricultores”, destaca Glenílson Figueiredo, secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
Os números, mesmo que ainda preliminares, já demonstram o tamanho do prejuízo na produção familiar. Nos municípios de Rio Branco, Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasileia, Xapuri, Capixaba, Porto Acre, Sena Madureira e Tarauacá, onde a pesquisa foi realizada, o prejuízo estimado ultrapassa os 170 milhões de reais em perdas na agricultura, pecuária e em infraestrutura rural.
Apoio aos produtores
Outra preocupação da comissão é com os produtores que possuem financiamentos em instituições bancárias. João Rodrigues, representante do Banco da Amazônia, também participou da reunião e já trouxe uma boa novidade aos produtores rurais atingidos pela cheia: aos agricultores que têm parcela de financiamento a vencer, o banco anunciou que o vencimento foi prorrogado para o mês de julho.
O secretário Estadual de Agropecuária, José Carlos Reis, afirma que é preciso dar condições para que os produtores rurais se recuperem do prejuízo. “O governo de posse desses dados vai poder montar uma estratégia para ajudar esses agricultores, desde a ajuda na alimentação dos animais, até a carência de quem fez financiamento bancário”, afirma.
Na próxima sexta-feira, 20, a comissão deve fazer a entrega do relatório completo dos impactos da enchente na produção rural ao governador Tião Viana.