As secretarias de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Desenvolvimento para Segurança Social (Seds) se reuniram na terça-feira, 24, na Filmoteca Acreana, com os representantes religiosos do Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre (IEFP/AC), para debater sobre questões do fluxo migratório no estado, principalmente de haitianos.
O encontro, mediado pelo secretário-geral do IEFP, Manoel Pacífico, abordou temas como preconceito, acolhimento e solidariedade aos imigrantes que buscam uma vida melhor no Brasil. “Com base na Campanha da Fraternidade deste ano [Eu Vim para Servir], a liderança religiosa pode auxiliar em solidariedade e recebimento dessas pessoas que vêm em busca de uma nova vida”, explica.
Os imigrantes começaram a usar o Acre como porta de entrada no país no fim de 2010, após o Haiti passar por catástrofes naturais. “O Brasil tem política de fronteiras abertas, e o governo do Estado, em parceria com o governo federal, abraçou a causa ao ajudar com abrigo, alimentação, retirada de documentos e locomoção às cidades do Centro-Sul, que é o destino que eles escolhem antes mesmo de chegar aqui”, diz o gestor da Sejudh, Nilson Mourão.
Até o momento, mais de 34 mil imigrantes passaram pelo Estado. O governo abriu inicialmente um abrigo em Brasileia, mas devido ao grande fluxo, em abril de 2014 foi desativado no município e aberto um novo em Rio Branco. Além de haitianos, senegaleses, colombiano e nigerianos, entre outros, usam o Acre como porta de entrada.