Durante a sexta-feira, 10, o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, discutiu com produtores rurais e servidores da Seaprof de Manoel Urbano o manejo do pirarucu, por meio do Projeto Pesca Sustentável.
Nos últimos anos, o manejo tem sido importante para os produtores familiares do município, tanto pelo fato de proporcionar aumento na renda, como garantia de segurança alimentar para as famílias que fazem parte do projeto.
É o caso do produtor familiar, Geraldo Almeida, 69 anos, que participa do manejo do pirarucu desde as primeiras reuniões há mais de dez anos. Ele fala com orgulho da mudança de pensamento desde que começou a participar do programa. “Hoje entendo que o manejo é necessário para garantir que o pirarucu não desapareça dos nossos lagos. Ainda tem muito peixe, mas se a gente não vigiar ele vai sumir”, explica.
Geraldo se refere aos pescadores que usam redes de forma inadequada nos lagos e terminam por capturar pirarucus pequenos, o que pode comprometer a preservação da espécie. No manejo, os pescadores realizam a contagem do pirarucu e possuem autorização para retirar apenas 30% desse total. “A gente precisa desse dinheirinho que entra no nosso bolso, por isso, todo mundo daqui sabe que é preciso garantir que sempre tenha pirarucu”.
Durante o encontro, Glenilson Figueiredo, afirmou que a intenção da Seaprof é ampliar o projeto e contemplar 700 famílias até o fim de 2015 com o manejo do pirarucu. “Além de Manuel Urbano, queremos levar o manejo e a certificação do peixe para Tarauacá e Feijó. Essa é uma atividade muito importante para os produtores familiares dessa região”, disse.