Um carregamento com 50 toneladas de ração para peixes carnívoros e onívoros saiu no fim da tarde desta sexta-feira, 24, para Rondônia. É a primeira venda interestadual de ração realizada pela Fábrica de Ração do Complexo Peixes da Amazônia.
Outra grande carga também saiu nesta sexta-feira para Cruzeiro do Sul. Segundo Ângelo Pieretti, da diretoria comercial da Peixes, cerca de 50 toneladas são vendidas mensalmente para os piscicultores do Juruá. “Nossa ração é de excelente qualidade e oferecemos preços atrativos para nossos clientes. Quem é parceiro da Peixes, os que mantêm parceria comercial e os sócios da empresa podem ter descontos de até 10%”, garante.
A Fábrica de Ração ainda está operando em baixa capacidade, mas já produz cerca de 400 toneladas por mês. Segundo Renato Mandotti, gerente de operações da indústria, a produção vai triplicar a partir do próximo mês. “Em maio, vamos operar em turnos de oito horas, e nossa produção vai subir para 1.200 toneladas mensais”, disse.
Complexo de Piscicultura
Desde o primeiro mandato de Tião Viana, o governo do Estado fortalece cadeia produtiva do peixe. A estratégia traçada e seguida para que toda a cadeia fosse percorrida com sucesso se iniciou com a construção de tanques de pisciculturas em propriedades de pequeno e médio portes.
O governo também oferta assistência técnica, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e, por fim, criou o Complexo de Piscicultura do Acre, que inclui a Fábrica de Ração, Frigorífico e o Centro de Produção de Alevinos.
Os três empreendimentos conglomerados numa área de 63 hectares, às margens da BR-364, receberam investimentos que ultrapassam os R$ 70 milhões, e são fundamentais para que a cadeia do peixe tenha sucesso na região. “Uma das coisas principais para quem cria peixes é a ração, que onera despesas para o piscicultor”, observou Sansão Nogueira, piscicultor e presidente da Central de Cooperativas de Piscicultores do Vale do Juruá durante a inauguração do complexo.
O governo federal foi fundamental no sucesso do empreendimento industrial. O aporte veio por meio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio do Banco do Brasil e Banco da Amazônia.