A 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), documento elaborado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unifec) e pelo Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise da Violência (LAV-UERJ), aponta o Acre em penúltimo lugar entre os estados brasileiros na lista dos homicídios sofridos por adolescentes, especificamente na faixa dos 12 aos 18 anos, nas 27 unidades da federação (confira a íntegra do documento). O estudo foi lançado em janeiro deste ano.
De acordo com o estudo, o Acre consta como o estado menos violento da Região Norte e o segundo menos violento no Brasil.
O cálculo do IHA para cada estado foi obtido a partir da agregação de todos os homicídios de adolescentes ocorridos nos municípios com mais de cem mil habitantes de cada unidade da federação.
Ranking
No documento, o ranking com índices inferiores a dois apresenta Mato Grosso do Sul (1,91), Roraima (1,80), Tocantins (1,43), São Paulo (1,29), Acre (1,22) e Santa Catarina (1,14). Os outros estados da federação apresentam IHA acima de dois.
O estudo revela ainda o ranking das capitais. Somente Rio Branco (1,2), Campo Grande (1,1) e Palmas (1,0) apresentaram IHAs próximos a 1. A cidade de Fortaleza (9,9), possui o maior IHA, depois Maceió (9,4) e Salvador (8,3).
Políticas públicas para a juventude
Para o titular da Assessoria Especial da Juventude (Assejuv), Weverton Matias, o estudo, ao revelar o estado em penúltimo lugar, representa uma sinalização clara de de que existe compromisso com as políticas públicas para a juventude, promovidas nos últimos quinze anos.
“É o resultado de toda a mobilização de ações articuladas de educação, esporte, cultura e outros eixos importantes, além da política de inserção do jovem no mercado de trabalho, com programas voltados para a educação profissional, resultado de boas práticas políticas que se tornam ações concretas”, ressaltou Matias.
Sobre o IHA
Segundo a SDH/PR, o estudo objetiva permitir o monitoramento sistêmico da incidência de homicídios entre a população jovem, contribuindo para a avaliação das políticas de prevenção à violência. Produzido com base em dados de 2012, o IHA estima que mais de 42 mil adolescentes de 12 a 18 anos poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros de mais de cem mil habitantes entre 2013 e 2019.