A propriedade escolhida para a parte prática do curso de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) nesta semana, foi a do produtor Carlos Felício Santiago, o Caboco, como é conhecido no Ramal Nova Aldeia, onde mora com a família desde 1990. Na aula de campo que finalizou o curso oferecido pelo governo, engenheiros agrônomos e florestais visitaram o bananal do produtor, que falou do sonho de vender a produção para outros Estados.
Para Santiago, participar da aula de campo dos profissionais foi uma oportunidade de conhecer novas técnicas de controle químico da plantação. “É muito importante aprender mais sobre o manejo do plantio e entender melhor o ciclo da banana. Além disso, ter um engenheiro responsável por acompanhar a produção da gente de agora pra frente vai facilitar muito nossa vida”, diz.
Na área, que pertence ao produtor e seus quatro irmãos, foram destinados 14 hectares ao cultivo da banana. Segundo ele, a expectativa agora é de fazerem a plantação de mais 60 hectares da cultura.
“A gente vende uma parte da produção nos mercados locais e outra parte vai para a merenda escolar. Agora estamos sonhando em vender a banana para outros Estados, e o governo está aí para ajudar a gente”, completou.
A gerente de Defesa e Inspeção Vegetal do Idaf, Suhelen Alves, explica que, com o curso, os engenheiros capacitados poderão acompanhar de perto a produção da banana e emitir o certificado fitossanitário, o que assegura que o produto está livre de pragas e doenças.
Mesmo assim, toda a produção que sai do Estado precisa ter a Permissão de Trânsito Vegetal (PVT), emitida pelo Idaf. “Depois do acompanhamento do responsável técnico que fará a liberação do certificado, o produtor precisa emitir a PVT, que é mais um controle de qualidade do produto”, comenta Suhelen.