José Barbosa de Oliveira, conhecido como “Marquinho”, não é apenas mais um produtor de frutas e verduras de Mâncio Lima. O diferencial já começa quando se vê de perto seu modo de plantio. Marquinho planta alfaces no sistema hidropônico, técnica de cultivar plantas sem solo, no qual as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento. E vai além: é o único produtor do estado a usar esse método para plantar tomates.
Mas não é só de alface americana e tomate que Marquinhos tira sua renda. Ele produz quase uma dezena de frutas e hortaliças. Ele também tem investido na criação de pequenos animais como frango e suínos. Vende parte da produção em Mâncio Lima mesmo, e o excedente para Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul.
Com o apoio do governo, principalmente por intermédio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), Marquinho quer ir além. “Quero crescer. Quero montar uma fábrica de ração que não vai servir só pra mim, mas pra todos os produtores da região, porque aqui ainda é muito deficiente em nutrição animal”, conta.
O sistema está avançando. Marquinho já levantou toda a estrutura metálica da futura fábrica e comprou cerca de 80% dos equipamentos. “Agora só esperamos a liberação da licença pelo Imac. Mas agora acabou-se essa burocratização, que fazia uma licença demorar até mais de um ano – agora o máximo é quinze, vinte dias”, explica.
Governo ajuda
O governador Tião Viana ficou satisfeito em rever o produtor e conhecer seus planos para o desenvolvimento de toda a região. “O Marquinho é uma lição de vida. Trabalhou, batalhou e conseguiu”, disse o governador.
Marquinho ainda agradece o apoio do governo em suas atividades. “Com o apoio do governo tudo fica mais fácil. O transporte de insumos, o uso de uma máquina. Não queremos dinheiro, queremos parcerias assim. Isso diminui os custos pra gente, que diminui no preço para o consumidor”, ressalta o produtor.