Os esclarecimentos sobre a morte de um agente penitenciário foram feitos na manhã desta quarta-feira, 3, em coletiva à imprensa no auditório da Polícia Civil (PC). Após mais de 100 dias de investigação, a PC concluiu que o crime se tratou de uma ordem de execução, mas em ação isolada.
A morte do agente foi autorizada por integrantes de uma organização criminosa, em retaliações contra os agentes considerados mais “linhas-duras”. Segundo o inquérito, duas pessoas vieram de Campinas (SP) para executar o servidor público. “O processo foi definitivamente concluído e encaminhado ao Judiciário, com todos os envolvidos e todas as provas coletadas”, observou o secretário de Polícia Civil Carlos Flávio.
No último fim de semana, a Polícia Civil do Acre cumpriu mandado de prisão preventiva em Dourados (MS) ao mandante do crime. Outros três envolvidos haviam sido presos em Rio Branco, ainda em fevereiro, dias após o ocorrido. A Justiça decretou a prisão de outras duas pessoas, que se encontram foragidas.
“Desde o dia 2 de fevereiro deflagramos essa operação e não descansamos enquanto não identificamos todos os envolvidos no crime. Trata-se de uma primeira fase da Operação Ícaro. É uma resposta do Estado efetiva, firme e forte, pois crimes dessa natureza nós não vamos tolerar. O Estado vai continuar vigilante”, disse o secretário.
Os delegados do Acre também destacaram o empenho do Ministério Público e do Tribunal de Justiça na rapidez com que trataram as medidas solicitadas pela Polícia Civil, além da colaboração das polícias judiciárias de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.