Danças, teatro, exposição fotográfica e troca de experiências marcaram o Dia Internacional de Reconhecimento dos Refugiados, comemorado na tarde do último sábado, 20, na Praça Plácido de Castro. A extensa programação foi aberta com a execução do hino do Haiti, entoado com muita emoção por um grupo de haitianos.
Cerca de 100 imigrantes de países como o Haiti, República Dominicana, Senegal, Peru, Equador e Estados Unidos se confraternizaram com acreanos que participaram do evento cultural.
Natural do Haiti, Esdras Hector chegou ao Acre há quatro anos e tentou encontrar oportunidade de emprego em cidades como São Paulo, Brasília, Curitiba e Santa Catarina. Recentemente, retornou a Rio Branco. “É no Acre que me sinto em casa. Hoje estou atuando como tradutor no abrigo de acolhimento dos imigrantes. Lá estou ajudando meus conterrâneos haitianos e também os senegaleses que estão chegando ao Brasil em busca de melhores condições de vida”, declarou.
Há apenas uma semana no Acre, o sábado, para Dayane Ramos, serviu para lembrar com saudade a família e amigos deixados na República Dominicana. Ela afirma que veio para o Brasil com o intuito de morar em Santa Catarina, onde pretende trabalhar como atendente de loja. “Estamos em busca de tempos melhores”, contou.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, ressaltou que, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional dos Refugiados foi comemorado em diversas partes do mundo. “Este é um momento que os povos de diversas nacionalidades celebram e fazem a memória da situação dos imigrantes e dos refugiados em todo o mundo. É uma importante troca de riqueza cultural entre os diversos povos”, comentou.
O evento foi organizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh) e pela Universidade Federal do Acre (Ufac), em parceria com o Rotary International, Fundação Elias Mansour (FEM), Cine Clube, Grupo Aguadeiro, Cordão de Ouro Capoeira, Comissão Fulbright dos Estados Unidos e comissão da Capes do Brasil.