Os produtores rurais que chegam ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) em Tarauacá, distante 409 quilômetros de Rio Branco, percebem que há novidade no atendimento do órgão.
São rostos novos informando sobre campanhas de vacinação, emissão da guia de recolhimento animal e todas as outras atividades e funções desenvolvidas pelo instituto.
Eles não são novos funcionários do Idaf, mas representam o futuro da assistência técnica e do apoio à produção rural no Acre. São na verdade estudantes de agroecologia da Escola da Floresta Roberval Cardoso e estão no Idaf cumprindo uma etapa importante de suas formações: o estágio supervisionado.
Estudantes filhos de produtores rurais
A grande maioria dos 146 alunos que hoje estudam em um dos cursos ofertados é filho de produtor rural.
É o caso de Luiza Sancho. Ela pretende, após se formar, voltar para Tarauacá. “Nosso desejo é contribuir para melhorar a nossa cidade. Somos filhos de produtor e a gente aproveita para levar os novos conhecimentos para a nossa comunidade”, destaca.
A oportunidade de vivenciar e ajudar na rotina diária de um órgão com as atribuições do Idaf contribui para a formação de profissionais mais qualificados. “O aprendizado se torna mais eficiente quando a gente coloca o conhecimento em prática. Estamos conhecendo todas as etapas do trabalho para ter condições de contribuir com a produção rural”, afirma o estudante Giliarde Lima.
Durante visita ao escritório do Idaf em Tarauacá na tarde de segunda-feira, 22, Mamed Dankar, diretor-presidente do órgão conheceu os estudantes e falou da parceria com a Escola da Floresta.
“Sou egresso da Escola da Floresta e sei da importância que tem a convivência entre a teoria e a prática. Muitos deles são de municípios isolados e vão ser os responsáveis por levar novas práticas de produção a esses locais”, enfatiza.