Os combustíveis fósseis são fontes não renováveis de energia e existem em quantidade limitada na natureza. O biocombustível, produzido normalmente a partir de uma ou mais plantas, se apresenta como um novo gerador de energia limpa e renovável para o mundo. Na tarde desta quarta-feira, 24, o secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços sustentáveis, Fernando Lima, reuniu-se com o diretor-presidente da Brasil Biofuels, Milton Steagall, que veio a Rio Branco visitar a área destinada para a implantação da empresa no Acre.
O empresário veio acompanhado do sócio Márcio Attie, representante da Sequoia Energia. A Brasil Biofuels implementou com sucesso o projeto de produção de óleo de palma em Roraima, para servir de matéria-prima na produção de biodiesel e geração de energia renovável em sistema isolados. Um modelo semelhante, amparado em um tripé de sustentabilidade econômica, ambiental e social, será desenvolvido no Estado.
“Nossa sede no Acre vai ser instalada no Distrito Industrial e produzirá um biodiesel 100% renovável, que não gera nenhum tipo de afluente. Isso é inédito no Brasil. A gente desenvolveu um trabalho para fazer um biodiesel biodegradável. Traremos essa inovação tecnológica, que utiliza a matéria-prima existente aqui, como gordura animal e óleo de palmeira”, destacou Steagall.
Cerca de 300 famílias de produtores rurais do Vale do Juruá estarão envolvidas, inicialmente, no processo de produção do óleo de palma do dendê, recuperando áreas degradadas e reduzindo o desmatamento. Além de servir de matéria-prima na produção de energia renovável, parte do óleo extraído será utilizada na indústria de alimentos. A ideia é de que os produtos também atendam os Estados vizinhos.
Fernando Lima observa que a proposta inicial do projeto prevê a plantação de cinco mil hectares de palmas, podendo chegar a 20 mil em estágio mais avançado. “A empresa vai vender energia elétrica a partir de uma indústria de biodiesel, com previsão para iniciar ainda este ano. A proposta cumpre a legislação ambiental, pois fomenta a recuperação de áreas degradadas, gerando emprego e renda, principalmente no ramo da agricultura familiar.”