A Terra Indígena Colônia 27 do povo Kaxinawá, localizada na zona rural de Tarauacá, reúne 36 famílias, o que corresponde a 186 pessoas. A renda da comunidade vem da pequena produção agrícola e do artesanato. Para conhecer a produção, o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, esteve na localidade nesta semana.
Uma das atividades produtivas do local é o açaí. Já existem cerca de três hectares plantados, e a produção é usada na alimentação da comunidade. Com o preço do açaí cada vez mais valorizado, os índios da Colônia 27 querem triplicar a área plantada.
Raimundo da Silva é morador da comunidade e está entusiasmado com a possibilidade de aumentar a produção de açaí na região. Ele afirma que a ideia principal é garantir a segurança alimentar, principalmente das crianças. “Com o consumo de açaí, nossas crianças ficam mais saudáveis. O que sobrar a gente vai vender para ajudar na renda da comunidade”, afirma.
As mudas do açaí serão produzidas na própria terra indígena. Inclusive, o trabalho já está adiantado. Já existem cerca de três mil mudas das frutas cultivadas no local.
Edivaldo de Andrade é o coordenador da cadeia produtiva do açaí na Seaprof e conheceu um pouco do trabalho. Ele elogia a iniciativa da comunidade e destaca que, com assistência técnica adequada, os indígenas terão todas as condições de ampliar a produção.
“Nossa intenção é plantar dez hectares de açaí ainda este ano. O interessante é a força de vontade da comunidade em produzir. Então, vamos trabalhar o açaí de forma consorciada com outras culturas, para aumentar a renda desta comunidade”, destaca.