A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) estão de mãos dadas para promover ações na área da produção agrícola que ajudem no processo de ressocialização dos reeducandos detidos nos presídios do Estado.
O termo de cooperação entre as duas instituições, intitulado de Produzindo a Liberdade, ainda está em fase de elaboração, mesmo assim o trabalho nas unidades prisionais já começou. A Seaprof deu início à mecanização agrícola de 10 hectares de terra na Unidade de Recuperação Francisco de Oliveira Conde.
Na área, depois de mecanizada, serão plantados cinco hectares de milho, cinco de mandioca, consorciados com o cultivo de abacaxi e mamão.
Tissiane Maciel, engenheira agrônoma, que faz parte da coordenação do projeto, explica como está sendo desenvolvida a cooperação entre a Seaprof e o Iapen.
“O projeto é dividido em fases. A primeira é ampliar o setor agrícola dentro dos presídios com a produção de hortaliças, plantio de pomar, mandioca e criação de aves. A segunda é o oferecimento de cursos para os reeducandos.”
Além da ressocialização, o projeto também tem o objetivo de angariar recursos financeiros para o sistema penitenciário. “Nossa proposta é investir na produção para tornar nossa unidade autossustentável, do ponto de vista financeiro. Vamos limpar o açude também para iniciarmos a piscicultura. E em Cruzeiro do Sul, a Seaprof já está construindo um tanque e, até o fim do ano, pretendemos iniciar a criação de peixes”, disse o diretor-presidente do Iapen, Martin Hessel.
O diretor de Produção Familiar da Seaprof, Diogo Sobreira, falou sobre o papel social que tem a ação. “Essa parceria, além de ampliar a produção agrícola nos presídios, tem um papel social muito importante que é ajudar na ressocialização de quem está dentro dos presídios”, destaca.