O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), firmou parceria com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) para o empréstimo de dois aparelhos que realizam exames de eletrografias hepáticas – técnica que mede o nível de fibrose no fígado de pacientes com doenças hepáticas – em todo o estado.
Os exames começaram a ser realizados na sexta-feira, 28, no Serviço de Assistência Especializado (SAE) do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, onde o aparelho fixo ficará durante um mês. O aparelho móvel está em Brasileia, no Hospital Raimundo Chaar, onde permanecerá até o dia 1 de setembro.
No dia 2, a médica infectologista Cirley Lobato estará em Cruzeiro do Sul, para realização dos exames até o dia 7. De 8 a 13, será a vez de Tarauacá. Os pacientes de Feijó serão atendidos entre 14 e 19, e Sena Madureira receberá a equipe entre os dias 20 e 26. Os pacientes devem procurar o setor de atendimento a portadores de hepatites.
“Em Rio Branco, os atendimentos serão realizado de segunda a sexta, nos períodos da manhã e tarde, no Hospital das Clínicas [SAE], sendo agendados 20 pacientes pela manhã e 20 pacientes pela tarde, e aos fins de semana e feriados serão realizados mais 60 atendimentos”, informou Edna Gonçalves, gerente-geral do SAE.
Os novos equipamentos substituirão as biópsias, oferecendo maior conforto ao paciente e evitando o mal estar. “Considero a chegada desse equipamento muito importante, só por evitar o incômodo da agulhada, que dói [biópsia]”, contou Maiara Boaventura, paciente do HC.
Exame de fibrose no fígado
A realização do exame para verificar o nível de fibrose no fígado permitirá analisar se o organismo do paciente estará hábil a fim de receber os novos medicamentos para o tratamento de hepatites.
Os novos remédios que serão acrescentados no tratamento de pacientes de hepatites crônicas são: Daclatasvir, Sofosbuvir e Simeprevir.
As novas medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante, e pacientes com má resposta à terapia com Interferon ou que não se curaram com tratamento anterior.