A comemoração de 33 anos de criação do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase do Acre (Morhan) foi marcada de muita emoção, na manhã desta terça-feira, 1.
Várias instituições se uniram e proporcionaram à família da dona de casa Maria Tereza de Jesus o reencontro com um filho que não via fazia 40 anos.
Maria de Jesus teve que se separar da família quando descobriu que era portadora de hanseníase. Internada na Casa de Acolhida Souza Araújo, onde mora até os dias atuais, foi privada da convivência com a família. Os dois filhos foram para os cuidados dos familiares mais próximos – um deles ficou em Rio Branco e o outro passou a morar com os tios em Porto Velho (RO).
“Vocês não imaginam a dor de uma mãe ter que se separar de um filho com apenas três meses de idade. Hoje toda tristeza foi embora, tenho minha família reunida novamente. Nem tenho como expressar minha felicidade”, revelou Maria de Jesus.
O reencontro foi solicitado pelo irmão mais velho, Cleomar Freire de Souza, que tinha curiosidade em saber como estava o irmão. “Procurei o Morhan e solicitei ajuda para reencontrar meu irmão. Tenho muita gratidão a todos que se mobilizaram e proporcionaram este momento tão especial para minha família”, disse.
José Vieira falou de sua alegria em reencontrar a família. “Este está sendo um dos momentos mais felizes da minha vida. Não tinha mais esperanças de um dia encontrar minha mãe, irmãos e sobrinhos. Tenho vivido momentos no Acre que nunca mais vou esquecer, e um deles foi o meu encontro com o governador Tião Viana”, frisou.
Segundo o coordenador do Morhan no Acre, Elson Dias, esta foi apenas uma das programações da semana de aniversário do movimento que tem alcançado várias conquistas no Estado.
“Ao longo de semana estaremos promovendo uma extensa programação, que vai desde campanhas educativas a palestras sobre a hanseníase e às formas de combate ao preconceito. As programações estarão sendo realizadas nas cidades de Cruzeiro do Sul, Brasileia e Rio Branco”, contou.