Novembro é um mês importante para uma das principais atividades econômicas do estado. É neste mês que os pecuaristas devem vacinar o rebanho bovino contra a febre aftosa.
Oficialmente, a segunda fase da campanha contra a febre aftosa começou no último domingo, 1. Os criadores de gado têm até 30 deste mês para aplicar a vacina. Vale ressaltar que todo o rebanho, independentemente da idade, deve ser vacinado.
“Já são mais de dez anos que o Acre é reconhecido internacionalmente como zona livre de aftosa. Isso só é possível porque todos os anos os pecuaristas atendem nosso chamado. Nossa meta é alcançar mais de 95% de vacinação do rebanho”, explica Mamed Dankar, diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
Levar a vacina a todo o rebanho bovino acreano não é tarefa fácil. Atualmente, ele é estimado em 2,8 milhões de animais. O Idaf monta uma logística especial para atender todos os criadores de gado, principalmente nos municípios de difícil acesso.
“Temos mais de 220 servidores envolvidos, além das contratações que fazemos para este período de campanha, como barqueiros que atendem os produtores ribeirinhos e vacinadores”, afirma Dankar.
Parceria com empresários e pecuaristas
O sucesso das campanhas contra a febre aftosa no Acre é fruto da parceria formalizada ao longo dos últimos anos com os empresários do ramo agropecuário e os pecuaristas.
Na casa agropecuária de Valmir Paes, a expectativa é comercializar 1,6 milhão de doses. “Temos profissionais que fazem todo o acompanhamento, principalmente da temperatura, que é o principal requisito para uma vacina de qualidade”, afirma Paes.
A outra ponta da parceria são os pecuaristas. É o caso, por exemplo, do criador de gado José Carlos Bronca, que todos os anos vacina e garante a saúde da sua criação de gado. “Acredito que este ano o índice de vacinação vai ser ainda maior, já que os pecuaristas estão cada vez mais com vontade de ter um rebanho saudável para conseguir novos mercados”, avalia.