Nesta quarta-feira, 18, o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Mamed Dankar, esteve em Epitaciolândia, acompanhando uma vacina assistida contra a febre aftosa. A região do Alto Acre merece atenção especial do instituto, já que se trata de área fronteiriça.
Desde 2010, o Idaf realiza uma parceria com o Serviço de Sanidade Agropecuária da Bolívia (Senasag) para que o trabalho de vacinação contra a febre aftosa seja realizado de forma conjunta.
“Selecionamos algumas propriedades na área de fronteira, onde fazemos a vacinação em conjunto. Esse trabalho dá credibilidade tanto para o serviço veterinário brasileiro quanto boliviano”, destaca Fábio Moraes, veterinário e gerente do escritório do Idaf em Epitaciolândia.
Nos últimos dois dias, foram imunizados mais de 300 bovinos em propriedades rurais nos dois países. O Departamento de Pando, que faz fronteira com o Acre, possui um rebanho estimado em cerca de 120 mil animais. O último foco comprovado de febre aftosa na Bolívia foi registrado em Santa Cruz de la Sierra, em 2007.
“Trabalhamos em parceria para garantir a saúde do rebanho tanto do Acre como da nossa região de Pando”, afirma Adrian Gomes, veterinário do Senasag.
Rebanho bovino do Acre vale mais de R$ 4 bilhões
Até o dia 30 de novembro, período da campanha contra a febre aftosa, todo o rebanho acreano, estimado em 2,8 milhões de animais, deve ser vacinado.
Dankar enfatiza a importância da pecuária para o estado, principalmente nos últimos dez anos, em que o Acre tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OEA) como zona livre de aftosa.
Segundo números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os frigoríficos do Acre comercializaram com os pecuaristas mais de 750 milhões de reais em 2014, o que corresponde ao abate superior a 430 mil animais.
“Nosso rebanho hoje está estimado em mais de 4,2 bilhões de reais. É um patrimônio que está nas propriedades rurais, e o Estado tem a obrigação de garantir a sanidade desses animais”, afirma.