Na abertura do Primeiro Encontro de Cadeias Produtivas do Alto Acre, em Brasileia neste domingo, 29, agricultores de diversas cidades acreanas conheceram as iniciativas que estão dando bons frutos.
Práticas em suinocultura, avicultura, ovinocultura, piscicultura, castanha, látex, óleos, pecuária e agricultura familiar norteiam o encontro.
O produtor Eliseu Ramos, do Polo de Desenvolvimento Sustentável Nova Esperança, em Porto Acre, foi ao encontro em busca de novos conhecimentos e de alternativas para sua propriedade: “Pelo andar das conversas aqui, a gente está vendo que o maior investimento será no plantio de milho, pois estamos vendo muita demanda com avicultura, suinocultura e piscicultura”.
Apresentando aos produtores as boas notícias da piscicultura no Acre, Sansão Pereira, piscicultor, explicou como os tempos mudaram para quem produzia na “beira do açude”: “Hoje temos um frigorífico e centro de alevinagem de ponta e uma fábrica de ração que em breve terá que ser ampliada. Isso nos alegra”.
A Peixes da Amazônia S.A., empresa exemplo do modelo público-privado-comunitário no Acre, atualmente exporta peixe para diversos estados, incluindo a rede de supermercados Pão de Açúcar.
O encontro também foi palco da alegria dos produtores. O gerente da usina de beneficiamento do látex da Natex, Jailson Cunha, informou o aumento significativo da produção: “Este ano chegamos a estocar de 200 a 240 toneladas de látex centrifugado, atingindo 100% de nossa capacidade. Isso tudo devido ao aumento na produção e de produtores fornecedores”. A Natex produz por dia 300 mil preservativos e tem 700 famílias fornecendo látex durante o ano.
Sansão fez questão de incentivar os presentes a investir em piscicultura: “Quem não cria peixe, passe a criar. Porque hoje chega a oportunidade que eu não tive há 16 anos. Temos ração e alevinos de qualidade e mais barato. Para vocês terem uma ideia, nós compramos alevinos de pirarucu a R$ 12; o mesmo alevino, lá em Mato Grosso, está a R$ 50. Hoje nós temos uma cadeia produtiva organizada”.