O governador Tião Viana se reuniu na Casa Civil na manhã desta quarta-feira, 2, com representantes da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que realizaram uma apresentação do plano de ação estratégica e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Até o momento, foi constatado que não houve aumento nos casos de dengue no estado nos últimos meses nem confirmados registros de febre chikungunya e zika vírus.
Mesmo assim, o plano de vigilância apresentado pelo setor de Controle de Endemias da Sesacre segue uma forte linha de prevenção e controle, sobretudo para o zika vírus, para o qual foram confirmados mais de 27 mil casos em 18 estados brasileiros, inclusive no Amazonas e Rondônia.
“No Acre, tivemos até agora três suspeitas que não foram confirmadas. Mas estamos atentos e preparados com todos os protocolos necessários para enfrentar a situação caso o vírus entre no estado”, destacou a gerente do setor de Controle de Endemias, Thayna Holanda.
O zika vírus no Brasil
O zika é uma doença viral aguda caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. A doença apresenta evolução benigna, e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após três ou sete dias.
O secretário de Estado de Saúde em exercício, Kleyber Guimarães, observou que o Ministério da Saúde (MS) aponta que o surto de microcefalia no Nordeste do país está relacionado ao vírus zika. “Assim, é fundamental toda essa prevenção, e que as famílias se mobilizem no combate ao Aedes aegypti”, ressaltou.
O governador Tião Viana pediu aos gestores que fortaleçam as linhas preventivas e mobilizem as prefeituras municipais quanto aos cuidados preventivos, e ampliem as unidades credenciadas para realização de diagnósticos, sobretudo nas maternidades localizadas nas regiões fronteiriças do estado.
Orientações do Ministério da Saúde
Segundo o MS, as investigações sobre o zika vírus vão continuar para esclarecer como se dá a transmissão, sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade no caso das gestantes, em que o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
A secretária adjunta de Atenção à Saúde, Marize Lucena, ressaltou que a pasta ministerial mantém orientações constantes a todas as secretarias estaduais de Saúde quanto ao processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes.
Ainda segundo a secretária, a grande preocupação do governo, neste momento, é deixar a saúde pública preparada com seus planos, protocolos já estabelecidos e também as recomendações junto ao Ministério da Saúde para, se necessário, enfrentar o caso.