Nesta segunda parte da matéria que apresenta parte dos avanços conquistados na agroindústria acreana em 2015, trazemos o resultado dos investimentos nas cadeias produtivas que envolvem o manejo sustentável e a criação de animais que hoje geram boa rentabilidade.
Manejo da floresta
No município de Manoel Urbano foi inaugurada a Agrocortex, uma das maiores madeireiras de manejo certificado do mundo. O investimento privado de R$ 80 milhões é composto por dez serrarias que entraram em funcionamento pleno em dezembro. No auge, serão gerados 350 empregos diretos, com uma movimentação de até R$ 150 milhões por ano.
A Agrocortex tem licenciamento ambiental expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para exploração sustentável de 200 mil hectares de floresta, a maior parte no estado do Amazonas.
Segundo o presidente da Agrocortex, Rui Ribeiro, a empresa está montada sobre três vertentes: ecológica, social e econômica. “Até o fim do ano, todo o complexo vai estar em operação. Vamos fazer de tudo para que o projeto dê certo”, explica o empresário.
Galinhas caipiras no Alto Acre e suínos no Juruá
Tião Viana ainda inaugurou em Mâncio Lima uma unidade de abate de suínos. Com capacidade de abate de 35 animais por dia e licença para vender em todos os municípios. Espera-se agora um grande incremento na economia da região.
A unidade atende uma reivindicação de produtores locais para a criação de um espaço adequado de abate e congelamento dos animais. Mâncio Lima possui hoje mais de dez criadores de suínos em cativeiro, mas a população ribeirinha também trabalha na criação de animais. O abatedouro gera cinco empregos diretos.
Outra grande conquista da agroindústria acreana é o frigorífico de galinhas caipiras em Rio Branco. Com apoio do governo do Estado, por meio do programa de criação desses animais, o frigorífico Nosso Frango começa a comercializar as aves na capital acreana, com preço competitivo e seguindo normas sanitárias de produção.
O estado tem investido na produção de galinhas caipiras junto a famílias da zona rural, principalmente em Xapuri e Rio Branco. A incubadora do governo é capaz de gerar até oito mil pintos por semana, mas tem capacidade de dobrar o número. Os produtores adquirem os pintinhos, criam e vendem, gerando uma renda que pode ultrapassar os R$ 3 mil por mês.
A Nosso Frango possui hoje 16 funcionários. Abraão Figueiredo, proprietário, conta que a ideia começou com um projeto da Universidade Federal do Acre (Ufac), que tem um núcleo de produção de aves caipiras. Ele obteve um termo de cooperação técnica do governo do Estado para instalar a unidade junto à Escola da Floresta, na estrada Transacreana.
