O governador Tião Viana se reuniu na tarde desta quarta-feira, 6, com a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Cezarinete Angelim, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Oswaldo D’Albuquerque, e o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Ney Amorim, para realizarem um pacto pela paz. A ideia consiste na formação de um comitê interinstitucional com diversos setores representativos da sociedade.
Com o avanço preocupante da violência e do tráfico de drogas, principalmente entre os jovens, o Comitê da Paz discutirá políticas públicas de segurança e direitos humanos, com poder de influenciar nas decisões deste setor no estado. O governador ainda ressaltou ações importantes no Acre, como a redução do número de mortes no trânsito em 22%, além da implantação de um comitê político voltado para a população em situação de rua, que tem a finalidade de fortalecer as ações relativas a essa população.
“Sintam-se de mãos dadas com o Poder Executivo para um diálogo e a construção de um ambiente de paz. Queremos que outras instituições, grupos religiosos e de defesa dos direitos humanos também façam parte da construção dessa agenda contra a violência para 2016”, disse Tião Viana.
A presidente do TJ-AC abraçou a ideia junto às outras instituições e lembrou que já realiza o programa Juiz na Escola, que pode ser ampliado e aperfeiçoado junto ao comitê. “É possível darmos esse exemplo para a população. Nós do judiciário vamos investir com muita determinação na justiça terapêutica. Sinto-me premiada e gratificada por esse elo e estamos à disposição”, ressaltou Cezarinete Angelim.
Já Oswaldo D’Albuquerque conta que o MPE tem atuado longamente em projetos que fomentam a paz, como por exemplo, o Promotor Por Um Dia, que abrange principalmente os jovens. “Estamos solidificando aquilo que temos implantando ao longo desses últimos anos, uma política pública de paz”, conta o procurador-geral de Justiça.
Para o presidente da Aleac, deputado Ney Amorim: “Quando se reúne o poder Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades civis, por algo nesse sentido que é promover a paz, é louvável. Aqueles que cometem infrações graves têm que ser presos e pagar por seus atos, mas temos que promover o tempo todo a paz e um ambiente de cidadania para reduzir a criminalidade”.