Rio Branco receberá nesta quinta e sexta-feira, 7 e 8, o projeto cultural Caravana Crítica do Cinema Amazônico. O evento, que será realizado na Filmoteca Acreana da Biblioteca Pública, oferecerá gratuitamente uma oficina de Crítica de Audiovisual, das 9 às 14 horas.
Na ocasião, haverá ainda a estreia da versão digitalizada do longa-metragem documental No Rastro do Eldorado, lançado em 1925 pelo cineasta Silvino Santos. Nesta nova versão, intertítulos considerados perdidos há mais de 50 anos estão incluídos. Após a exibição, haverá palestra e debate sobre o filme.
A caravana é uma proposta do pesquisador amazonense Sávio Stoco, e conta com patrocínio do edital Amazônia Cultural e do Ministério da Cultura, e em Rio Branco, tem apoio do governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM). Ao final, sete capitais da região amazônica receberão o evento.
A iniciativa busca divulgar os resultados da pesquisa de dissertação de mestrado realizada por Sávio na Unicamp. Ele destaca que a oficina focará na importância dos participantes compreenderem os filmes locais, debatendo em um ponto de vista amplo.
“Muitas vezes, as produções ainda não foram vistas como importantes documentos para os estudos sociais, e pouco se escreveu e analisou sobre as obras de diversas épocas e seus contextos. Por isso a formação diversificada em audiovisual do crítico pode render bons frutos nas análises”, destaca Stoco.
De acordo com a diretora-presidente da FEM, Karla Martins, a iniciativa é importante para difundir o debate crítico sobre o cinema da região. “O governo apoia todo e qualquer tipo de evento que tem como intuito discutir esse meio tão importante que é o audiovisual. Desta forma, os acreanos terão a oportunidade de entender melhor e promover o debate sobre documentários feitos em nossa região”, diz.
Sobre o filme
No Rastro do Eldorado registra uma famosa expedição científica liderada pelo médico e geógrafo norte-americano Alexander Hamilton Rice saindo de Manaus e indo em direção ao rio Uraricuera, atual Roraima.