“Uma luz para as pessoas que mais precisam de informação e educação.” Assim o defensor público-geral Fernando Morais definiu o programa Quero Ler, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), durante solenidade de doação de computadores feita pela Defensoria Pública ao programa, na sede do Centro de Referência de Inovações Educacionais (Crie), nesta sexta-feira, 4.
Os equipamentos serão utilizados com a turma especial de alfabetização na Casa de Acolhida Souza Araújo, local em que vivem muitas pessoas que sofreram por causa da hanseníase. A sala, que em breve será inaugurada, também vai beneficiar a comunidade do entorno.
O secretário adjunto da Educação e coordenador do programa, Moisés Diniz, destacou: “As pessoas que foram acometidas de hanseníase sofreram muitos traumas e preconceitos ao longo de suas vidas. O que queremos com isso é mostrar que elas podem, sim, realizar sonhos ainda e contar as próprias histórias, quem sabe até da forma escrita”.
As aulas são parte da meta do governo de até 2018 zerar a taxa de analfetismo, que ainda representa cerca de 65 mil pessoas no Acre. Em seu discurso, o titular da Defensoria comentou, ainda, sobre a satisfação de apoiar uma causa tão nobre, que é a alfabetização. “Eu mesmo tive o prazer de alfabetizar minha própria mãe. Lia a Bíblia pra ela, até o dia em que pedi humildemente para ensiná-la. Hoje ela faz suas leituras sozinha”, contou.
As máquinas terão teclado especial para auxiliar o ensino. “Esperamos que a doação seja de muita valia para aquela comunidade, que vai ter um lugar para descobrir o mundo”, disse a administradora da Souza Araújo, Francisca Vieira de Lima, conhecida como “Irmã Celene”.