O governo do Acre, por meio do Programa Florestas Plantadas, coordenado pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), distribui mudas de seringueira para produtores familiares do estado.
O objetivo é incentivar a cadeia produtiva da borracha. Graças a investimentos como a fábrica de preservativos em Xapuri e novas indústrias de beneficiamento, a prática extrativista voltou a ser valorizada e rentável aos seringueiros.
Na região do Alto Acre, entre os anos de 2009 a 2014 foram distribuídas mais de 360 mil mudas a 360 famílias de produtores rurais. São mais de 700 hectares de áreas recuperadas com o plantio de seringueiras.
Na última semana, o titular da Seaprof, Glenilson Figueiredo, esteve em algumas propriedades da região que receberam mudas.
Uma delas fica no quilômetro 52 na Estrada Velha de Epitaciolândia. “Quem plantou vai ter boa renda no futuro. É um bom negócio, porque no tempo que você espera para colher o látex pode consorciar com outras culturas como o milho, o feijão e a banana”, destaca o produtor Osmar Facundo.
Outra propriedade visitada foi no Seringal Cachoeira, onde o seringueiro Duda Mendes plantou dois hectares consorciados com frutíferas como graviola e acerola. “Essas espécies de frutas vão servir para alimentação da minha família e também para gerar uma renda extra, já que a gente sabe que as empresas estão comprando polpa de algumas frutas do estado da Bahia”, afirmou.
Glenilson Figueiredo destaca o investimento. “A vantagem de uma cultura um pouco mais demorada como a seringueira é essa possibilidade de consorciar com outros plantios mais rápidos, fazendo com que o produtor não fique sem renda na sua propriedade.”