Comemora-se nesta segunda-feira, 21, o Dia Internacional da Síndrome de Down, considerada um distúrbio genético causado pela presença de cromossomo extra no par 21. Não é uma doença ou patologia, mas uma condição humana geneticamente determinada.
Mulheres com mais de 35 anos têm maior probabilidade de gestar um bebê com alterações como a síndrome de Down, devido aos folículos que darão origem aos óvulos da mulher já nascerem com elas e as células mais velhas apresentarem maiores chances de erros em seu processo de divisão, causando a presença de um cromossomo a mais ou a menos nos óvulos.
Além da ultrassonografia durante o pré-natal, os exames mais utilizados para diagnóstico, antes do nascimento, são a aminiocentese e a biópsia (que consiste na análise do líquido amniótico e uma amostra da placenta, respectivamente).
A partir da nona semana da gravidez, testes genéticos que rastreiam fragmentos de DNA fetal investigam cromossomos específicos e identificam, com 99,99 % de acerto, se existe a síndrome.
Portadores dessa síndrome têm alterações faciais, olhos mais fechados, dificuldades de aprendizado, retardo intelectual, doenças do coração e dificuldades de audição. Fisioterapia, fonoaudiologia e educação especial são essenciais para ajudar no desenvolvimento e no aprendizado.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) é a instituição responsável pela assistência a 25 portadores no Acre e presta atendimento diário com profissionais psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e educadores físicos.
Maria das Dores Araújo, diretora da instituição, informa que estão programadas várias atividades em comemoração à data, entre elas apresentação de dança country, exibição do filme “Os Colegas”, declamação de poesias e várias formas de entretenimento para os participantes, em um dia especial dedicado a pessoas especiais.
Sílvia de Castela, professora, mãe de Juan Felipe de Castela, 13, conta que ficou chocada quando soube que o filho recém-nascido era portador da síndrome. “Foi realmente um choque enfrentar essa nova situação, já que meu trabalho como educadora no ensino especial abrange portadores e familiares. A partir disso, a questão estaria mais perto e exigia muito mais de mim”, enfatiza.
Juan Felipe atualmente cursa a sétima série. “Ele mantém um bom relacionamento com os colegas e é muito comunicativo. O mais complicado é o preconceito de algumas pessoas, que, por falta de informação, ainda insistem em promover situações constrangedoras”, comenta a professora.