O Acre se prepara para alavancar o desenvolvimento agroflorestal sustentável de suas terras indígenas, por intermédio do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), que terá financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
Nesse projeto de comprometimento do governo do Estado com a população indígena, serão fornecidas assistência técnica e financeira para melhorar a produtividade agroflorestal e as condições dos modos de vida dessas comunidades do Acre. O principal instrumento a ser utilizado é a preparação e implantação dos Planos de Gestão de Terra Indígena (PGTI).
Os PGTI serão especificamente orientados para as populações indígenas e perspectivas culturas. Também serão orientados sobre as indicações do etnozoneamento elaborado no âmbito do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).
Segundo o assessor dos povos indígenas, Zezinho Kaxinawa, essas ações vão fortalecer a autonomia das comunidades, principalmente em relação à segurança alimentar, além da implantação dos planos de gestão, trabalhando as prioridades de cada aldeia na área de produção, sempre valorizando a herança cultural.
Na prática, os PGTI servirão de base para a assistência técnica e financeira de subprojetos sobre sistemas de práticas agroflorestais sustentáveis para venda de produtos, enfatizando o uso de sementes nativas, ampliação da criação de pequenos animais como galinhas e porcos, construção de pequenos açudes e repovoamento com espécies nativas de peixes e quelônios em rios e lagos.