Em 20 de abril do longínquo 1845 nascia, no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como Barão do Rio Branco.
Cento e setenta e um anos depois, a história da família Paranhos se cruza com a história do Acre, mas dessa vez é a bisneta do Barão que presencia um momento marcante para a região.
A pesquisadora e pós-doutora Glaucia da Silva Paranhos, bisneta do Barão do Rio Branco, esteve no Acre pela segunda vez e participou na última terça-feira, 19, da inauguração do Centro de Infectologia Charles Mérieux.
Ela revelou ter uma emoção diferenciada naquele ato. “É muito emocionante porque liga o lado pessoal e profissional. Há quatros anos, quando começaram as conversas para instalação do laboratório, eu era diretora de pesquisa da Fundação Mérieux, dirigindo o laboratório de patógenos emergentes”, conta a pesquisadora.
Glaucia explica que, na época, seu papel era implementar projetos de pesquisas e, por isso, veio ao Acre para conversas com os médicos Raymundo Paraná e Thor Dantas e demais membros da equipe que possibilitou a instalação do laboratório no Estado.
“Durante conversas na família, ouvíamos sobre o legado deixado pelo meu bisavô, e agora estou muito emocionada com tudo isso sendo revivido na minha pessoa”, disse a pesquisadora.
Glaucia Paranhos escreveu seu nome na história do Acre ao participar da instalação do laboratório Mérieux na região e presenciar os primeiros passos do Acre no avanço da medicina na área de pesquisas e diagnósticos de doenças infecciosas.
Seu bisavô, o Barão do Rio Branco, tem o nome marcado nas páginas que contam a revolução encampada para que o Acre pertencesse ao território brasileiro, que resultou na assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903.