A coordenadora-executiva da organização não governamental Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades), Vanessa Fernandes, reuniu-se hoje com representantes das entidades filiadas em Cruzeiro do Sul: Movimento de Reintegração de Hansenianos (Morhan), Associação de Pais e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq), Desafio Jovem Peniel e Casa Reviver.
O objetivo, segundo Vanessa, foi mostrar como é feita a administração da Cades, como arrecada seus recursos e como é feita sua distribuição. “Queremos a transparência no nosso trabalho e fortalecer nossa união”, ressaltou a coordenadora.
Segundo comentou, algumas entidades pensam que, logo que se filiarem, obterão recursos, mas o procedimento não funciona assim. “A Cades é uma instituição sem fins lucrativos e os recursos para ela são provenientes do governo do Estado, então é preciso articular com ele para que isso aconteça”, explicou Vanessa.
A Cades mantém convênio com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), e os recursos para as entidades são alocados por meio de seu CNPJ, desde 2007. Esse convênio hoje contempla 32 entidades.
Cada instituição programa suas ações. Cabe à Cades fazer um único plano de trabalho e enviar para a Sesacre. Depois de publicado no Diário Oficial e liberados os recursos, a Cades faz a distribuição entre as filiadas.
Até o ano passado as entidades cruzeirenses filiadas recebiam apoio administrativo, mas a partir deste ano, a Apadeq, a Casa Reviver e o Desafio Jovem Peniel também receberam recursos.
Reeducação
O diretor do Desafio Jovem Peniel, pastor Jaime Silva, conta que a entidade trabalha com recuperação, especialmente espiritual, de pessoas em risco, viciadas em álcool, tabaco e drogas. “Qualquer tipo de vício que destrói a família”, destacou. Na atualidade, a entidade atende seis pessoas em regime de internação e quatro em regime externo.
A Apadeq atende pessoas que passam por dificuldade devido à dependência das drogas, e tem hoje 19 internos. Seu coordenador, Paulo Maciel, esclarece que, depois que os dependentes são liberados, quando já apresentam resistência às drogas, recebem acompanhamento para que não reincidam no vício.
“O apoio da Cades para nós é prioritário. Quanto mais as instituições se unirem em prol desse trabalho, mais forte se tornam o vínculo e a corrente em prol da vida”, ressaltou, o coordenador da Apadeq.