Alguma coisa está fora de ordem, não somente no Acre, mas também na Amazônia e em quase todo o planeta Terra. Não é o Rio Acre, que ultimamente enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos, mas também outros rios do estado, como o Tarauacá, o Envira e o Juruá. E da própria Amazônia brasileira, como o Rio Negro.
O quadro “Nossa Aldeia”, transmitido todas as segundas-feiras, no jornal “Notícias da Aldeia”, às 18 horas, com reprise às 21h30, na TV Aldeia, canal 2 e 13 (NET), trouxe nesta semana o primeiro de três episódios da série “Filhos do Rio”. As reportagens, com direção do renomado jornalista Elson Martins, buscam retratar a real situação do nosso maior caudal, as ações desenvolvidas em prol do recurso natural e a importância da conscientização coletiva da população.
“Precisamos entender e estudar os reais motivos desse fenômeno e descobrir se realmente ele é natural ou causado pela falta de consciência da população que mora à sua margem”, afirmou o pescador Eli Inajosa, que há 40 anos pesca nas águas do Rio Acre.
Com o apoio do projeto Acre Solidário e do governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, SOS Amazônia e Corpo de Bombeiros, serão desenvolvidas diversas ações de preservação ambiental e conscientização coletiva durante todo o período de estiagem.
“A conscientização coletiva e a participação de todos é muito importante neste momento de dificuldade. Precisamos mostrar para o mundo que o Acre preserva mais de 80% das suas florestas, e isso é um motivo de orgulho para todos. Não podemos ser diferentes com o nosso rio, que é de fundamental importância para o funcionamento do nosso estado”, declarou a primeira-dama e coordenadora do projeto Acre Solidário Marlúcia Cândida.
O coronel do Corpo de Bombeiros Roney Cunha, que lidera a operação de limpeza nas margens do Rio Acre, afirmou que os bons hábitos como jogar o lixo em locais específicos influenciam diretamente no nível de poluição das águas. “Iniciamos um trabalho de limpeza direcionado com efetivo e equipamentos próprios para esse formato de trabalho. O que observamos é um grande acúmulo de pneus e restos de utensílios domésticos que foram descasados de maneira irresponsável nas margens do nosso rio. Não estamos buscando responsáveis, mas a conscientização coletiva e o apoio da população podem mudar essa triste realidade do nosso rio”, relatou o oficial.