O Centro de Hemoterapia e Hematologia do Acre (Hemoacre) realizou nessa quinta-feira, 14, um ciclo de palestras nos quartéis do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (4°BIS) e 7 º Batalhão de Engenharia e Construção (7°BEC) de Rio Branco.
A equipe do Hemoacre, em parceria com o Rotary Club, convidou o bioquímico-farmacêutico Lindenberg Oliveira, de Porto Velho (RO), para realizar uma palestra sobre a importância da doação de medula óssea.
O objetivo era chamar a atenção para a importância da doação de medula óssea e aumentar o número de pessoas cadastradas no Regime Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), para que o Hemocentro possa suprir as demandas que recebe diariamente.
“Devido ao aumento nos números de pacientes que necessitam de transplante de medula óssea no Hemoacre, resolvemos buscar parcerias com outras instituições, para que possamos estar realizando palestras de conscientização, uma vez que a doação voluntaria é menor que a demanda. Portanto, quanto mais pessoas forem cadastradas no Redome, maiores serão as chances de quem necessita de um transplante encontrar uma medula compatível”, informou Arlete Moreira, assistente social do setor de captação do Hemoacre.
Não é tão simples encontrar um doador – estima-se que a probabilidade de encontrar alguém compatível é de um a cada 100 mil, mas esse número pode aumentar ainda mais, dependendo da miscigenação. No Brasil, por exemplo, a mistura de raças dificulta um pouco a localização de doadores compatíveis.
Como é feito
O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, com a finalidade de reconstituir uma medula saudável, beneficiando diversas pessoas portadoras de doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, imunodeficiências congênitas e doenças autoimunes, por exemplo.
A coleta da medula pode ser feita por dois métodos. O mais tradicional é o que retira da bacia, com uma agulha, com anestesia geral ou peridural. O outro é através da veia, de onde se retiram células tronco do sangue do paciente – essas células têm a capacidade de se regenerar em 20 dias.
O que é necessário para ser doador
Ter uma boa saúde, sem doenças infecciosas, como hepatite, Chagas, HIV, sífilis, diabetes, câncer, e ter entre 18 e 55 anos para fazer o cadastro no Hemocentro.