A integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF) é uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, e é apontada por estudiosos em diversas pesquisas como uma alternativa capaz de ser viável economicamente e garantir a preservação dos recursos naturais.
Nesta semana, cerca de 15 técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap) tiveram a oportunidade de conhecer mais da ILPF durante uma capacitação promovida pela Embrapa.
Dividida em teoria e trabalho em campo, a capacitação trouxe novas informações sobre o desafio de produzir alimentos para atender a demanda de consumo da população que cada dia aumenta e a necessidade do respeito ao meio ambiente.
“O desafio é fazer com que as pessoas se aproximem desse conhecimento. Primeiramente no meio técnico, que é o que estamos fazendo aqui em parceria com a Seap. A partir da capacitação, que essa forma de uso da terra, que tem diversas vantagens do ponto de vista econômico, técnico e ambiental, chegue ao produtor”, explica o pesquisador da Embrapa Acre Tadário de Oliveira.
Profissionais são multiplicadores das novidades no setor produtivo
Para os técnicos, que são os responsáveis pela assistência técnica e estão em contato direto com os produtores, o curso é um momento importante para poder adquirir conhecimento, trocar experiências e levar os novos conceitos, gerados a partir das pesquisas, ao homem do campo.
O agrônomo Nilton César Souza elogiou a capacitação. “Esse tipo de atualização, no qual o técnico tem conhecimento das transformações na área de produção, faz com que as tecnologias produtivas cheguem ao conhecimento dos produtores”, destaca.
Um das culturas de forte potencial no estado para a ILPF é a produção de grãos – milho principalmente. Os investimentos nas indústrias de peixes, suínos e aves, e consequentemente a necessidade de produzir ração para a criação desses animais, provocou um grande crescimento da demanda por milho nos últimos anos.
“Precisamos aumentar nossa produção, e esse tipo de capacitação é bem-vindo sempre. Nosso objetivo é fazer com que essas tecnologias cheguem aos produtores. São informações que ajudam no crescimento da produtividade, no aumento da renda e na preservação do meio ambiente”, afirma Michelma Lima, engenheira agrônoma da Seap.