Artesanatos, acessórios e roupas indígenas, sapatos de borracha e cestas de palha são alguns dos objetos que estão sendo expostos e vendidos na II Conferência Mundial da Ayahuasca, que se iniciou na segunda-feira, 17, e segue até sexta, 22, na Universidade Federal do Acre (Ufac).
Entre as diversas etnias presentes, estão os Huni Kuin, da Terra Indígena Kashinawá, localizada no Igarapé do Casho, em Tarauacá.
Para o evento, eles trouxeram acessórios que produzem por lá – pulseiras, colares, blusas, saias, maracá e rapé são alguns dos itens que podem ser encontrados no estande montado no Centro de Convenções da instituição.
“Tem muito gente de fora por aqui, e eles têm muita curiosidade sobre os produtos que nós fazemos. Quando contamos que, para fazer uma pulseira dessa levamos cerca de uma semana, mas por trás dela conta uma história da floresta, eles ficam impressionados”, conta o indígena Damião de Araújo, o Simã.
No espaço, é possível encontrar, ainda, os famosos sapatos feitos por José Rodrigues de Araújo, o “Dr. da Borracha”. O seringueiro produz os calçados a partir da Folha Semiartefato, material originário do látex extraído no Acre.
“Meus produtos já foram para outras cidades do Brasil e até mesmo outros países. Hoje, estou expondo para que pessoas de diversos lugares do mundo os comprem aqui, no estado em que ele é feito”, destaca.
Sobre a Conferência da Ayahuasca
A II Conferência da Ayahuasca é realizada em Rio Branco a fim de unir a comunidade internacional interessada nas práticas ayahuasqueiras.
Durante os seis dias de evento, estão sendo promovidas mesas-redondas, apresentações de trabalhos na área acadêmica e mostras de filmes, entre outros.
Cerca de 30 países participam da conferência, que conta com mais de 60 participantes convidados e cem integrantes de diversos povos indígenas, além de representantes da Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras de Rio Branco.